domingo, 4 de novembro de 2012

Querida Ana,

Sei que já faz um tempo que não escrevo mas precisei maltraçar umas linhas no dia de hoje.Um ano e três meses sem te ver sorrir. Sinto saudade do seu cheiro de tinta pra cabelo e da sua voz que me fazia morrer de rir.Você me faz morrer o tempo todo. Sua risada,seu cheirinho,seus abraços,seus conselhos e agora sua falta.Dói demais pensar no que eu podia ter feito.É horrível pensar que podia ter arrancado 10 sorrisos da sua cara de menina, tirei só 9. Podia ter falado mil eu te amos e pra falar a verdade não sei de passou de cem.Me perdoe por ser tão pequena e mais ainda sem você. O tempo é uma maldição que luto pra domar todos os dias. Temo esquecer da sua voz e de como você ficava feliz quando comia Doritos perto de mim só porque sabia que eu ia entortar o nariz. Quando penso que não vou mais aguentar tanto aperto no peito aparece outra iminência de perda…Eu não sei o que vem após a morte,sei tão pouco sobre vida que nem ouso desvendar o fechar dos olhos, mas sinto que você está bem, tem que estar. O mundo continua girando,a chuva ainda é gelada e tenho medo de borboleta, como tudo continua seguindo seu ciclo eu não sei, não soube de muita coisa desde que você se foi. Estou regando as plantas e até copio matéria do quadro. Tenho tanta coisa pra te contar…você ficaria orgulhosa!E isso quer dizer que ando aprontando, claro.Já desisti de gritar que te amo pra ver se pelo menos o eco respondia,agora sussuro bem baixinho. — Carta aberta para Ana Paula Venâncio

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