domingo, 4 de novembro de 2012

É engraçado como em Paris até o ar é diferente.O vento descreve passagens históricas de revoluções em âmbitos culturais,civis e políticos.As praças estão transbordadas de artistas que maravilhosamente vendem seus trabalhos por um vintém qualquer.É a prova concreta de que o sistema tudo absorve desde o mais fútil bem de consumo à mais abstrata obra de arte.Os museus que cheiram um mofo gostoso de coçar o nariz,que trazem à tona o quanto o mundo é grande(e eu pequena).Os cabarés com suas mulheres esculpidas em trajes sedentos e suas danças hipnóticas que arrancam uivos do público.A Ópera de Paris?Mal posso descrever as lizuras que me arrebatam a um deleite infantil.O Corsário,com suas odaliscas executando piruettas,grand jettes e fouettes.Ah minha doce Paris,que nostalgia relembrá-la em sonhos. — Marília Cadima

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