quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu estava exatamente no mesmo lugar de costume,na quarta cadeira da fileira nem muito a frente nem tanto atrás.A mesma postura desconjuntada de sempre e a enorme capacidade de pensar em muitas coisas e todas ao mesmo tempo.Comecei a rir sozinha,talvez de uma piada ou de um episódio engraçado,o riso foi cessando...por um minuto fiquei indiferente passei a observar o resto das pessoas,umas dormiam,outras anotavam tudo rapidamente.Lembrei de alguém e senti saudade,saudade de momento,de uma fase,daquele tempero da minha mãe.Sorri das coisas que me faziam chorar e chorei das que me faziam rir.Mentalizei desculpas,me arrependi de confiar tanto naquela pessoa com cheiro de chocolate,cantei músicas,ensaiei caretas e bebi o último gole da coca gelada,viajei para o Egito,me senti advogada,médica,gari,pedi a conta,tranquei o carro,dormi mais tarde.Vivi uma vida em uma aula de matemática.

4 comentários:

  1. Lindo! Seguir recíproco! Chorei sorrindo...

    ResponderExcluir
  2. Nossa! Quanta profundidade, quanta densidade de sentimentos em suas palavras. Gostei dos seus textos e da reflexão em devaneios que você faz a partir de fatos corriqueiros.
    Muito embora a frequencia das minhas postagens tenha diminuído, irei seguir o seu blog e comentar sempre que possível.
    Abs!

    ResponderExcluir
  3. Sempre vivo uma vida nas aulas.
    Acho que não só nas aulas.
    Sempre vivo um casamento em cada olhar também. HAHA

    Beijo menine

    ResponderExcluir
  4. Adoro textos que traduzem sentimentos ao leitor.
    Gosto de sentir lendo, a sinestesia sempre me foi muito cara.
    Adoro ler, sentir cheiros, tocar em algo, ver as cores que se escondem nas folhas brancas do papel.

    consegui visualizar a minha vida, seja real ou não, em menos de 2 minutos.
    é como se fosse a sensação da morte ao contrário, só que aqui, consegui ir além.

    te amo, mana.

    ResponderExcluir